O ano de 2016 teve o maior número de ataques terroristas suicidas da história. Um estudo feito por especialistas indica que 469 atentados, em 28 países, causando a morte de cerca de 5.650 pessoas. O número de terroristas identificados chega a 800.
O Estado Islâmico foi o principal autor desse tipo de atentado, sendo responsável direta ou indiretamente por aproximadamente 70% dos ataques em todo o mundo. As estatísticas foram compiladas pelo Programa de Estudo sobre Terrorismo e Conflitos de Baixa Intensidade, a expectativa é que isso não deve mudar em 2017.
À medida que o grupo terrorista perde território na Síria e no Iraque, “ataques terroristas suicidas se consolidam como uma ferramenta chave para o Estado Islâmico consolidar sua imagem como invencível, atingindo seus inimigos e se vingando da repressão internacional contra ele”, afirma o relatório.
A previsão para os próximos meses é que “outros grupos terroristas que afirmam ter ligações com o EI também provavelmente irão redobrar seus esforços para realizar atentados terroristas de grande escala”.
Yoram Schweitzer, pesquisador sênior que liderou o estudo, disse ao Times of Israel que o aumento de atentados suicidas ressalta o crescimento do terrorismo em todo o mundo. Em 2015, foram 452 atentados suicidas realizados por 735 autores. As mortes naquele ano chegaram a 4.330, em um total de 22 países.
O quadro indica uma diminuição nos ataques no sul da Ásia e um drástico aumento na Europa, que parece ser o principal alvo.
Os autores do estudo lembram que utilizaram apenas os atentados conhecidos, divulgados pela mídia. Muitos outros ocorreram nos territórios controlados por jihadistas e por isso não tiveram exposição na mídia.
No Oriente Médio, o número de atentados suicidas aumentou 45% de 2015 para 2016. A grande maioria dos atentados suicidas na região, cerca de 90%, foi realizada pelo Estado islâmico e suas organizações afiliadas.
Outro aspecto que chama atenção é o aumento do envolvimento das mulheres nos atentados suicidas. Foram 44 ao todo, envolvendo 77 mulheres em oito países ao redor do mundo, causando a morte de aproximadamente 400 pessoas. Além do Oriente Médio, elas participaram de mortes em países como França, Áustria, Marrocos, Líbia, Bangladesh e Indonésia.
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