Genética mostra que milhares de latinos-americanos são descendentes de judeus
Segundo um estudo de DNA feito com milhares de pessoas da América Latina, muitos judeus chegaram no continente americano e deixaram sua marca genética entre os latinos.
A história dizia que em 1492, os reis da Espanha Isabel de Castilha e Fernando de Aragão expulsaram os judeus do reino e deixaram apenas os que aceitaram se converter ao catolicismo. Os judeus, até mesmo os convertidos, não poderiam nem mesmo serem enviados às colônias da América.
Apesar da proibição, o estudo realizado pelo especialista em genética populacional Juan Camillo Chacón Duque mostra que “a população da América Latina apresenta uma maior afinidade com o perfil genético dos judeus sefarditas que os espanhóis”.
Publicado na revista científica Nature Communications, o estudo diz que 23% dos latino-americanos que tiveram o DNA analisados têm como ancestrais judeus que, na época da inquisição, se converteram ao cristianismo.
“Esse resultado sugere que houve uma migração significativa de pessoas com esse perfil genético para a América Latina”, diz Chacón Duque da University College London, no Reino Unido.
A explicação do pesquisador colombiano é que “muitos judeus conversos conseguiram viajar para a América Latia na época da colonização e disseminaram essa genética”.
A pesquisa foi feita com 6,5 mil pessoas dos países Brasil, Colômbia, Chile, México e Peru. Por ser uma amostragem pequena, o pesquisador não acha possível generalizar a amostragem. “A população da América Latina é muito diversa quanto aos processos de miscigenação e, em cada região, a história pode ser muito diferente”, afirma.
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